Dias mais difíceis virão

A nossa região, e por que não dizer o País todo, terá pela frente semanas muito duras. Talvez as mais duras em muitas décadas. A situação epidemiológica do Brasil, que já era complicada, está ficando dramática. E dessa vez a nossa região está incluída. Sistemas de saúde, tanto públicos quanto privados, que ainda não entraram em colapso estão na iminência de entrar.

Se de um lado temos o drama na saúde, de outro há os empresários, que mais uma vez tiveram que fechar as portas, pagando por uma culpa que não é deles. A culpa é dos irresponsáveis que circulam por aí, aglomerando-se em festas e encontros clandestinos, sem cuidado algum. Estes que transportam esse vírus maldito de porta em porta, atingindo desde estranhos até pessoas do seu próprio meio familiar. 

Infelizmente, talvez o lockdown parcial que vivemos esta semana seja pouco para conter a disseminação do vírus. Até porque, muita gente ainda não se deu conta do momento grave que vivemos. Ou talvez só não queira enxergar. Muitos especialistas falam que será necessário um “lockdown de verdade” para dar resultado eficiente e conter o esgotamento da capacidade de atendimento nos hospitais. 

Estes alertas não podemos ignorar. Se houve quem teve algum acerto durante esta pandemia foram os médicos e cientistas. Políticos, de um modo geral, só bateram cabeça e criaram conflitos totalmente desnecessários nesta hora tão difícil para todos. Se queremos evitar um agravamento ainda maior, tanto da saúde quanto da economia, temos que ter disciplina e denunciar os infratores, os aglomeradores. 

Vivemos uma tragédia sem precedentes. Quem de nós não conhece alguém que morreu ou ficou em estado grave por conta desta maldita doença? Há mais de um mês, morrem, em média, 1,2 mil pessoas por covid-19 todos os dias. Isto precisa acabar.

Com a vacinação andando a passos de tartaruga, sem vagas de UTI suficientes para atender à demanda de doentes, cabe a cada um dos cidadãos agir com responsabilidade. A hora é de união para salvar vidas.