O mundo assiste aterrorizado à recente escalada de violência entre Israel e o grupo extremista Hamas. Com números de vítimas que não eram vistos há décadas e ações brutais, o cenário exige uma atenção redobrada e uma postura crítica sobre as circunstâncias e os envolvidos nesse conflito.
O gigantesco atentado realizado pelo Hamas no sábado não tem qualquer justificativa moral. Matando centenas de pessoas e mantendo outras tantas como reféns, o grupo mostra não ter limites em sua crueldade. No entanto, o cenário complexo do conflito israelense-palestino não pode ser reduzido a um maniqueísmo simplista que coloca um lado como vilão e o outro como herói. É preciso lembrar que a resposta de Israel também tem levado a perdas significativas, incluindo vidas de civis na Faixa de Gaza.
A crítica aqui se volta também para o governo israelense, especificamente para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Não é de hoje que suas políticas têm sido apontadas como fomentadoras do ambiente tóxico que alimenta o extremismo. O governo Netanyahu precisa fazer uma autorreflexão sobre como suas ações podem estar contribuindo para a escalada da violência. O líder israelense tem mostrado incompetência ao ser pego de surpresa por esse ataque massivo e sua retaliação só parece fomentar mais ódio.
Em um tabuleiro geopolítico tão delicado, as intervenções internacionais também têm seu peso. O envolvimento direto dos EUA, fornecendo armas de ponta para Israel, merece ser questionado. Já passou da hora de os atores internacionais adotarem um papel mediador que busque a paz, em vez de inflamar mais o conflito.
É um momento sombrio, que pede uma mudança radical de postura dos líderes envolvidos e da comunidade internacional. Estamos na encruzilhada de um conflito que pode tomar proporções ainda mais trágicas e é crucial que as decisões tomadas agora sejam guiadas por princípios humanitários, e não por agendas políticas ou ideológicas.
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